A FADA LILI E O SEGREDO DA FLORESTA CINTILANTE
No coração da Floresta Cintilante, onde as árvores estavam salpicadas de purpurina e os rios cantavam como pequenas arpas, morava a fada Lili. Sua risada era tão alegre que fazia as flores dançar, e seu voo sempre deixava um rastro cor-de-rosa no ar.
Lili adorava explorar a floresta com seus amigos:
• Teco, o esquilinho que colecionava nozes brilhantes;
• Arco-Íris, a borboleta que mudava de cor conforme o humor;
• Zuzu, o vagalume que piscava três vezes quando ficava animado, e ficava animado quase sempre.
Certo dia, Lili voava em círculos sobre o Lago Espelhado quando viu algo flutuando na água: uma pétala dourada, tão luminosa que parecia ter engolido um pedacinho de sol. Lili sentiu o coração acelerar.
– nunca tinha visto nada assim.
Levou a pétala até a Rainha das Fadas, a sábia Fada Ametista. Ela examinou a pétala e seus olhos roxos brilharam.
– Lili, esta pétala pertence à Flor do Amanhã. Ela só nasce quando a floresta está prestes a revelar um segredo importante.
– Um segredo? – Lili franziu as asas, inquieta. – E se eu não conseguir descobrir?
Ametista sorriu com serenidade.
– A floresta sempre revela seus segredos a corações corajosos e gentis. Confie em você.
Mesmo assim, Lili sentiu um pequeno aperto no peito. Mas pegou sua varinha e voou com seus amigos para dentro da floresta.
Eles procuraram nos cogumelos cantores, nas pontes de folhas, nas cavernas de cristal. O vento começou a soprar mais forte, e a floresta pareceu ficar mais sombria. Lili pensou em desistir, mas Zuzu pousou em seu ombro e piscou três vezes – lembrando-a de que ela não estava sozinha.
Perto do pôr do sol, Teco parou de repente.
– Psiu… ouviram isso?
Um choro baixinho vinha de trás de uma raiz retorcida. Lili afastou as folhas e encontrou um pequeno broto dourado, tremendo.
– Eu… sou a Flor do Amanhã — sussurrou o brotinho. – Mas tenho medo de florescer. Se eu falhar, a floresta nunca verá o novo dia…
Lili respirou fundo. Agora ela entendia: não era só o broto que tinha medo.
– Você não vai florescer sozinho, disse, ajoelhando-se. – A coragem cresce melhor quando está acompanhada.
Seus amigos se aproximaram: Arco-Íris abriu as asas coloridas, Zuzu iluminou o broto com sua luz piscante, e Teco trouxe folhas quentinhas para aquecer suas raízes.
Lili então cantou uma canção que sua avó lhe ensinara:
“Brilha, brilha, luz do bem,
cresce forte, vai além…”
A voz da fada parecia misturar-se ao vento. Aos poucos, o broto deixou de tremer de medo, e começou a tremer de emoção.
Então, diante de todos, o broto floresceu. Uma radiante flor dourada se abriu, iluminando toda a floresta como se fosse amanhecer ali mesmo.
No instante em que suas pétalas se ergueram, o chão brilhou. Uma trilha de estrelas surgiu, levando a um vale desconhecido.
A Rainha Ametista apareceu, e orgulhosa disse:
– Lili, você enfrentou seus medos e guiou o broto com coragem e gentileza. É assim que a floresta revela novos caminhos.
Lili deu uma pirueta no ar e sorriu confiante.
– Eu nunca teria conseguido sem meus amigos!
E assim, a Fada Lili, Teco, Arco-Íris e Zuzu partiram pela trilha de estrelas, prontos para viver novas aventuras no vale recém-revelado.
Porque, no mundo encantado das fadas, cada dia pode florescer de maneira surpreendente quando o coração brilha forte.



Parabens Machado pela leveza magica desse conto.
As criancas de hoje estao avidas desse tipo de historia.
Querido amigo, muito obrigado pelo teu comentário! Gostei de escrever tb para crianças. Outros contos infantis logo mais serão publicados.